Era vargas
O papel da Igreja Católica na era Vargas
A Igreja católica foi separada do Estado desde a proclamação da República.
A Igreja perdeu privilégios legais e fiscais usufruídos no império.
A Igreja também deixou a função de produzir a legitimidade do Estado no âmbito da sociedade civil.
Na segunda metade dos anos 10, com o Estado e a Igreja redefinindo suas posições no sentido de uma reaproximação.
O Estado buscava o apoio político e ideológico da Igreja, por causa das ameaças revolucionárias à ordem capitalista depois da Primeira Guerra Mundial.
A “questão social” era competência da polícia para reprimir as classes dominadas.
Outros dominantes viam na Igreja a Instituição que poderiam obter das classes dominadas adesão à ordem.
Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, político latifundiário, foi o mais importante desses representantes que procuravam fazer o Estado abandonar sua posição “Laicista” buscando a “colaboração recíproca”.
Em Minas Gerais a “colaboração recíproca” teve suas raízes mais fundas.
Três fatores influenciaram a “colaboração recíproca” em Minas Gerais. Primeiro, a força do movimento de reforma interna da Igreja no estado. Segundo, pela influência religiosa duradoura do Colégio Caraça, onde teriam estudado numerosos políticos mineiros. E um terceiro, a profunda e tradicional penetração da religião católica em todas as classes sociais, naquele estado.
Em 1925, Antônio Carlos, senador, alertava da importância da Igreja para a manutenção da ordem. “A religião tem de propor-se forçosamente, senão a dirigir, pelo menos a encaminhar, com assiduidade e firmeza, as forças sociais que estão vindo e terão de vir, em consequência do formidável abalo da Grande Guerra”.
Correspondendo aos apelos de Antônio Carlos o Arcebispo de Mariana, Helvécio Gomes de Oliveira promoveu uma festa cívico-religiosa em homenagem à bandeira que acompanhou os soldados mineiros na guerra do Paraguai.
Antônio Carlos elegeu-se presidente do estado para os anos