Era Vargas
Nas eleições realizadas em 1930, Júlio Prestes, paulista, foi declarado vencedor, mas a ala mais radical da oposição, não aceitando a derrota do candidato Getúlio Vargas, alegando fraude eleitoral, iniciou a organização de um movimento para derrubar o presidente Washington Luís pelas armas. Em julho do mesmo ano, o assassinato de João Pessoa, no Recife, por um adversário político, contribuiu para dar mais força à oposição. Tropas do Rio Grande do Sul marcharam em direção ao Rio de Janeiro. No nordeste, a rebelião teve à frente Juarez Távora. O presidente Washington Luís esboçou uma resistência, mas foi deposto (24 de outubro). No dia 3 de novembro, Vargas assumiu o poder. Tinha início a Era Vargas.
Logo que assumiu o poder, Vargas dissolveu o Congresso Nacional, as Assembléias Estaduais e as Câmaras Municipais e nomeou interventores para os estados com amplos poderes. Demonstrando seu autoritarismo, desde o início, Vargas controlou os meios de comunicação e os sindicatos, proibindo suas atividades políticas. No seu governo foram aprovadas algumas leis trabalhistas: regulamentação do trabalho feminino e infantil; descanso semanal remunerado; férias remuneradas; e jornada de trabalho de oito horas diárias. Com a Revolução de 30, São Paulo perdeu sua hegemonia na política nacional e até mesmo o governo do estado passou para o controle de Getúlio. Em 1932, tentando retomar o poder, os paulistas desencadearam um movimento revolucionário. São Paulo enfrentava também, além da crise do café, a falência de várias indústrias, desemprego e greves operárias, que exigiam a aplicação das leis trabalhistas. Quando Getúlio nomeou como interventor de São Paulo o militar pernambucano João Alberto Lins de Barros,