A conjuntura da Segunda Guerra Mundial não pode ser entendida sem se pensar nos acontecimentos que a antecederam, como se explica a própria história. Hobsbawn, ao descrever a Era dos Extremos, nos mostra com uma peculiaridade belíssima os fatos interligados e todo o aparato que constituiu o breve século XX. Pano de fundo da I WW: disputa colonial, disputa territorial e de mercado; Os principais pontos de foco do autor é o legado da Grande Guerra, seu impacto mundial, o liberalismo econômico que, juntos, deram brecha para a ascensão dos regimes fascistas, com ênfase na Itália e Alemanha. Esse primeiro acontecimento foi de tal magnitude na sociedade que o termo “paz” significava algo anterior a 1914, com o próprio autor assinala. O que mudou: a Grande Guerra não pode deixar de ser comparada às outras. Fato interessante: Hobsbawn explica que o número de mortos na emancipação das treze colônias foi maior que na Grande Guerra, MAS, esta última ocorreu em escala mundial, envolvendo países que não estava de certa forma, interligados como na relação metrópole – colônia. 1914 foi a era do massacre! Como dito, o autor foca, pelo menos em quatro capítulos da primeira parte do livro, o desencadeamento da Segunda Guerra. A derrota alemã na Primeira Guerra preparou o terreno para a próxima, bem como para a ascensão dos regimes fascistas (com ênfase no nazi-fascismo alemão e italiano). O que acontece: na Era dos Impérios, a política e a economia se haviam fundido. Ou seja, seriam dois pilares em que a sociedade capitalista-liberal-burguesa iria se erigir e moldar suas instituições. Com isso, temos a figura do Tratado de Versalhes, que impôs ao Estado alemão o pagamento das dívidas pós Primeira Guerra. Então aí nós vemos as duas figuras institucionais fundidas: o Estado e a economia. Segundo Hobsbawn, o Tratado foi um fiasco desde o começo! A sensação de impotência ficou latente no povo alemão, que Hitler usou muito bem para a sua ascensão ao poder. Após a Grande Guerra, a