Era do rádio
Orlando Silva e Carlos Galhardo foram ídolos da Era de Ouro do rádio. A importância dos dois cantores pode ser avaliada pelos slogans que incorporaram aos nomes, uma prova incontestável de sucesso. O carioca Orlando Silva era o “Cantor das multidões” e o paulista Carlos Galhardo, “O cantor que dispensa adjetivos”.
Souberam honrar os fãs clubes e cantar a diversidade de uma época em que o país se assumia feliz, nas marchinhas, nas valsas, nos boleros, nos sambas que fizeram de Carlos Galhardo um recordista de vendas e de Orlando Silva um dos intérpretes mais imitados.
A decadência do rádio
No Brasil, o surgimento da televisão, fez com que a audiência do rádio caísse. Se para o povo poder ouvir a voz de uma pessoa que está longe por meio de um aparelhinho, imagine ver e ouvir a pessoa, saber da situação e ver. O povo achou aquilo o máximo, e abandonou o rádio. Mas no início da implantação da televisão, os receptores ainda eram caros e escassos, o que garantiu por um tempo a permanência do rádio, mas com o advento de novas tecnologias e empresas concorrentes construindo seus transmissores e receptores e o início dfa TV Tupi, de São Paulo, o rádio começou a cair.
Em 1950, havia apenas 200 aparelhos da cidade contrabandeados por Franscisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, por que naquela época custava em torno de 9 mil cruzeiros, o equivalente a três vezes o preço de uma vitrola de qualidade.
No início a televisão não conseguiu muitos anunciantes, já que eles não confiavam nesse novo meio de comunicação. Em 1955 o rádio ainda concorre bem com a televisão, mas a TV Rio enfrenta alguns problemas nesse ano, o que faz com que o rádio conquiste vantagem nessa briga pela audiência.
Juscelino Kubitschek de Oliveira foi eleito no dia 3 de outubro de 1955, e com o seu projeto de evoluir "Cinquenta anos em cinco" o Brasil alcança uma confortável estabilidade econômica, que só foi abalada em 1958 com o crescimento da inflação.