Era da Informacao
Informação não significa necessariamente conhecimento. O fato de termos acesso facilitado a diferentes conteúdos não significa ponderação e reflexão sobre eles. A maioria de nós lida com mais informação do que é capaz de assimilar. Nesse sentido, a internet possibilita outros efeitos curiosos.
Na área da educação, por exemplo, temos acompanhado uma de suas grandes mazelas crescerem de maneira exponencial: a cópia, que chamo de desonestidade intelectual. Tal fenômeno está presente em todos os níveis educacionais, desde o aluno do ensino médio até o professor pós-doutorado de uma grande universidade. Houve um acontecimento envolvendo um amigo professor cujo orientando de monografia chegou a ele com um capítulo pronto. Ao ler as primeiras linhas notou que o aluno havia retirado grande parte do trabalho da internet, mas o mais intrigante era que o aluno havia copiado um texto do próprio professor! O espanto acabou sendo de ambos.
O caso relatado acima também é exemplar quanto à fonte assimilada. O aluno poderia ter tido o trabalho de ver quem era o autor, o que não fora feito. É comum retirarmos informações da internet sem sabermos qual a fonte de origem. Parece que basta estar no mundo on line para o conteúdo ser “verdadeiro” e fidedigno. Não, não é! Sobre determinados assuntos há lugares próprios para pesquisa. Não se pode dar o mesmo valor para as diferentes fontes. Nesses casos, é importante fazer uma pesquisa da pesquisa. Isto pode evitar que um equívoco seja produzido em série.
Um exemplo: dias atrás estava pesquisando uma tradução para o português de um poema alemão. Na primeira tradução que encontrei pressenti que estava alterado determinado trecho do texto. Passei a procurar em outras dezenas de sites e encontrei a mesma tradução. Injuriado com o texto fui à busca do livro traduzido para a língua portuguesa. Realmente, o escrito da internet que apareceu em vários artigos (ou seja, copiado e colado) estava errado, o que fora confirmado