Equidade de John Rawls
Resumo
A teoria da justiça como equidade de John Rawls fundamenta-se na utilização de dois princípios básicos que asseguram as liberdades individuais e a diminuição das desigualdades sociais, legitimando a existência de uma sociedade democrática. Nesse sentido, tais princípios auxiliam na manutenção da paz social, porém muitas vezes não são suficientes para tanto, de modo que a mediação enquanto política pública no tratamento de conflitos é mecanismo facilitador do diálogo, resolvendo litígios de forma consensual e prevenindo a ocorrência de outros conflitos. Logo, como a mediação não é a imposição de uma decisão, mas sim sua construção pelas próprias partes, ela se torna instrumento de concretização dos princípios criados por John Rawls, pois se baseia na igualdade e liberdade.
O presente debate fundamenta-se inicialmente na exposição da teoria da justiça perpetrada por John Rawls, suas características e ideias principais, bem como analisa os princípios da justiça derivados da mesma, a ideia de justiça como equidade, a igualdade democrática e o princípio da diferença. Por fim, estuda a mediação de conflitos como política pública na concretização dos princípios trazidos por referido autor, vez que ela é instrumento democrático capaz de restabelecer relações sociais entre os conflitantes, porquanto baseada na igualdade, cooperação, cidadania e fraternidade.
IGUALDADE FORMAL É DIFERENTE DE IGUALDADE SUBSTANCIAL
As primeira revoluções se preocupavam com a limitação do poder do Estado, buscando liberdade (Revolução Francesa, por exemplo). Isso aliado ao capitalismo gerou a revolução industrial. Isso gera desigualdade, uma igualdade que que tratou todos feito lixo, coisificação da pessoa. Não há intervenção do Estado, pois o Estado liberal não permite isso. Para sanar isso, há a necessidade de uma configuração de um Estado atuante, para garantir o mínimo para os cidadãos. A relutância em aceitar a implantação destes chamados direitos