Epos e Romance

Universidade de Brasília
Curso: Letras
Disciplina: Estrutura Social e Formas do Romance Brasileiro II
Tutor: Lemuel da Cruz Gandara
Aluno: Clailton Amaral da Rocha
Data: 10/11/13

No texto Epos e Romance, escrito pelo linguista russo Mikhail Bakhtin, nota-se que o escritor tenta imprimir a longevidade do romance. Bakhtin construiu uma ideologia que tem o romance com um gênero que não pode ser compreendido como algo terminado, como todos os outros gêneros da literatura. Para ele, até os dias atuais é possível encontrar facilmente obras escritas dentro dos enquadres romanescos. Mais do que tachar o romance como algo cru, o escritor ainda propõe que tal gênero ainda está muito longe de ser terminado e consumado. Bakhtin cita o gênero epopeia para explicar sobre a decadência dos gêneros vetustos e antiquado, que tiveram um destino contrário do romance que permanece jovem e ativo. Bakhtin apresenta elementos onde pode se notar as dessemelhanças que certamente fizeram com que os outros gêneros passaram e o romance continua ainda um novel.
O autor justifica que possivelmente a morte das línguas que deram vida a essas obras influenciou na decadência desses gêneros, principalmente o épico, que pode ter caído junto com a língua grega. Eu vejo que o escritor deixa claro que o romance seja o gênero maduro, o gênero do hoje; não dá pra pensar na literatura atual recheada de obras épicas, acho que tais obras não seriam muito bem recepcionadas por interlocutores. Seria inviável por exemplo obras atuais repletas de elementos místicos, Deuses e ninfas, tais quais os de Odisséia, por exemplo. Do outro lado da questão, como entender o rejuvenescimento e a longevidade do romance? Fácil, Bakhtin deixa claro que o romance é o gênero da contemporaneidade por acomodar bem as ideias da sociedade atual, outro detalhe é que se compararmos o Grande Sertão Veredas, escrito em 1956, com Ilíada de Homero escrita a quase 3 mil anos, teremos a sensação de que o romance de Riobaldo e