episódio das corridas - Os Maias
2. Caracterização do ambiente
2.1. Largo de Belém:
Tosca guarita de madeira, armada de véspera;
Monotonia;
Tristeza e silêncio;
Desinteresse (o garoto apregoando o programa das corridas que ninguém compra, a mulher da água fresca sentando-se na sombra a catar o filho);
As pessoas estão vestidas em trajes domingueiros;
Traços realistas: a descrição do calor, do colorido, dos sons e dos costumes de uma cidade estagnada.
Falta de motivação e entusiasmo pelo fenómeno desportivo em causa;
2.2. Descrição do hipódromo:
Situado numa colina, sob a aragem vinda do rio, provoca uma sensação de frescura e paz;
A gente apinhada;
As precárias condições das tribunas e do espaço envolvente;
Na entrada do hipódromo existe falta de organização, de educação, pelintrice e provincianismo, devido aos insultos por parte dos ocupantes, a intervenção deselegante da polícia e um grande reboliço e poeirada.
O bufete e pobre,tem falta de higiene, e aspeto nojento «... dois criados, estonteados e sujos, achatavam à pressa as fatias de sanduíches com as mãos húmidas da espuma da cerveja.»;
O episódio das Corridas no Hipódromo tem como objectivo criticar a sociedade, elaborar uma sátira. Descrições, situações, comportamentos… são inúmeros os aspectos críticos presentes neste episódio e que nos alertam para o deplorável estado em que a nossa sociedade se encontrava na segunda metade do séc. XIX.
“No domingo”, “pelas duas horas”, Carlos chega ao Largo de Belém e espera que um dos criados lhe compre o bilhete para o espectáculo das Corridas. Contudo, esta tarefa tão simples revela-se algo problemática devido à demora excessiva para dar o troco, tendo Craft sido mesmo obrigado a descer do faetonte e ir discutir a questão… Isto mostra já desorganização, pois qualquer evento deve ter uma bilheteira eficiente e preparada para dar troco aos compradores.
Depois de Craft ter finalmente regressado, a faetonte de Carlos teve o seu