Epistemologia
No âmbito do VII Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação, a decorrer na Escola Superior de Enfermagem São Francisco das Misericórdias, na unidade curricular de Epistemologia da Enfermagem de Reabilitação, foi-nos proposto um trabalho que reflectisse a problemática da Pessoa com deficiência.
De acordo com Mineire citado por Hesbeen (2003:26), “A deficiência não existe em termos absolutos: está associada a situações concretas do quotidiano (…a deficiência nem sempre é aquilo que é visível e os deficientes nem sempre são aqueles que pensamos.) ”.
Devidas as nossas vivências, experienciadas no dia-a-dia com pessoas às quais lhe foram diagnosticado um Acidente Vascular Cerebral, como enfermeiros e estudantes deste curso, estamos mais atentos para a relação doente/família sendo crucial para o desenho do plano de reabilitação.
Segundo Hesbeen (2003, p. XI), “a reabilitação, mais do que uma disciplina, é o testemunho de espírito particular; o do interesse sentido pelo futuro da pessoa, mesmo quando a sua cura ou a reparação do seu corpo – regresso do mesmo à normalidade – deixa de ser possíveis.”. Então o desempenho do enfermeiro de reabilitação deve centralizar-se na relação interpessoal com a pessoa/família, onde este se diferencia pela sua formação e experiência que lhe permite compreender e respeitar os outros, abstendo-se de juízos de valores relativamente à pessoa que beneficia dos cuidados.
Para atingirmos o objectivo geral deste trabalho, analisar a problemática de uma pessoa com deficiência, foram delineados os seguintes objectivos específicos: * Descrever Acidente Vascular Cerebral e Pessoa com deficiência; * Estratégias de adaptação à deficiência/incapacidade; * Reflectir sobre o papel do enfermeiro de reabilitação.
1. ENQUADRAMENTO TEÓRICO
Ao escolhermos esta área temática, sentimos necessidade de relembrar conceitos e aprofundar conhecimentos sobre o Acidente Vascular Cerebral, a Pessoa com