Epistemologia da Complexidade – Edgard Morin
Morin fala que não é mais possível um paradoxo entre desordem e organização, para ele a organização depende estritamente da desordem, o que torna está ideia complexa por juntar duas noções opostas. O autor demonstra que um “mundo absolutamente determinado, como também um mundo absolutamente aleatório, são pobres e mutilados; o primeiro é incapaz de evoluir e o segundo é incapaz de nascer” (MORIN, 2000, p. 120).
Segundo Edgar Morin, a questão paradigmática vai além de simples questões epistemológicas ou metodológicas, já que envolve o questionamento dos quadros gnoseológicos (pensamento da realidade) e ontológicos (natureza da realidade), os quais se referem aos princípios fundamentais que regem os fenômenos e o pensamento. Para esse autor, a problemática epistemológica baseia-se nas noções de pluralidade e complexidade dos sistemas físicos, biológicos e antropossociológicos, cuja compreensão requer um outro paradigma – o da complexidade – o que, por sua vez, funda-se numa outra razão – razão aberta –, que se caracteriza por ser evolutiva, residual, complexa e dialógica.
O filme Ponto de Mutação trata de alguns pontos interessantes desta Teoria da Complexidade. Em uma das cenas os personagens entram em uma discussão sobre o papel dos mecanismos que regem o mundo, abordando a evolução do pensamento humano, onde vemos os líderes, as pessoas socialmente aceitas como condutores, pensando unicamente de forma mecanicista, aplicando a forma mais simples de conduzir, o modelo cartesiano, onde dividimos o todo em partes, para estudando e entendendo cada uma, procurar entender o todo.
Ponto de Mutação traz um caminho para o desenvolvimento de uma condição de perpetuidade e oportunidades para o futuro, dentro