Epilepsia
Aguilar S, Correia L, Amaral P, Oliveira N, Vasconcelos C, Palma F, Nogueira I, Alves MJ
Serviço de Medicina Materno-Fetal; Directora: Dra. Ana Campos
Maternidade Dr. Alfredo da Costa
Objectivo: Expor um revisão bibliográfica acerca da consulta pré-concepcional de mulheres em idade reprodutiva com o diagnóstico de epilepsia e providenciar orientações para sua a prática no âmbito da medicina geral e familiar.
Material e Métodos: Pesquisa na Pubmed/Medline e Ovid utilizando como palavras-chave “epilepsia” e “gravidez”. Seleccionados artigos em inglês, publicados entre os anos ….. e 2011.
Discussão: : A epilepsia é umas das doenças neurológicas que requerem tratamento crónico mais comuns em mulheres em idade fértil. A consulta pré-concepcional assume uma importância acrescida nesta patologia dado que uma gravidez devidamente planeada, apresenta um melhor prognóstico materno e fetal comparativamente à não programada. As principais complicações obstétricas associadas à epilepsia prendem-se com a teratogenicidade dos antiepilépticos e com os efeitos deletérios materno-fetais que as crises epilépticas acarretam. O acompanhamento pré-concepcional de uma mulher com epilepsia exige a cooperação com um médico neurologista. Em primeira instância, deve-se confirmar o diagnóstico. De seguida importa aferir o grau controlo da doença e em função deste, equacionar se existe necessidade da medicação antiepiléptica. Uma maior dosagem de antiepilépticos e o seu uso em politerapia associam-se a uma maior acção teratogénica pelo que se deve enveredar pela menor dosagem e pelo menor número de fármacos requeridos à abolição das crises. O valproato de sódio assume-se como uma opção de última linha uma vez que é o antiepiléptico mais teratogénico. Com este ajuste medicamentoso pretende-se optimizar o controlo da doença numa fase pré-concepção para que, uma vez que o principal objectivo durante a gravidez é a