epidemiologia

Resumo:
Desde 1998, o vírus da febre catarral ovina (BTV) sorotipos 1, 2, 4, 6, 8, 9, 11 e 16 se espalharam por toda a Europa. Em 2006, a BTV sorotipo 8 (BTV-8) surgiu inesperadamente no norte da Europa ao longo de uma região, incluindo a Bélgica, França, Alemanha, Luxemburgo e Países Baixos. No ano seguinte, ele se espalhou rapidamente por todo o resto da Europa. Em 2008, mais dois sorotipos BTV foram detectados no norte da Europa: BTV-6, na Holanda e na Alemanha e BTV-11 na Bélgica. A incursão europeia da BTV causou consideráveis perdas econômicas, compreendendo não apenas as perdas diretas de mortalidade e redução da produção, mas também perdas indiretas por causa do que se seguiram a proibição de comércio de ruminantes entre as áreas BTV-infectados e não infectados. Dada a importância da doença, todos os países afetados estabeleceram medidas de controle e erradicação, que evoluíram com a disponibilidade de ferramentas de detecção e prevenção, como vacinas. Antes de 2005, as campanhas de vacinação BTV nos países afetados usadas vacinas de vírus vivos modificados apenas e só ovelhas foram vacinadas, exceto na Itália, onde foram incluídas todas as espécies de ruminantes domésticos suscetíveis. Depois de 2005, as vacinas inativadas tornou-se disponível e bovinos e caprinos foram incluídos nas campanhas de vacinação.
Esta avaliação analisa a forma como a doença da febre catarral ovina tem evoluído na Europa e quão eficazes as estratégias de vacinação têm sido.
Palavras-chave
• A febre catarral ovina;
• Vacinação;
• Controle;
• Europa
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1. Introdução
Vírus da língua azul (BTV) é a causa da febre catarral ovina (BT), uma doença transmitida por insetos de ruminantes domésticos e selvagens (Verwoerd e Erasmus, 2004 e Maclachlan et al., 2009). BTV é o membro protótipo do género Orbivirus, família Reoviridae (Mertens et al., 2004). Como um reovírus tem um genoma segmentado de ARN de cadeia dupla (dsRNA) e seus