Epidemiologia ambiental
Arlindo Philippi Jr. Américo Colli Pelicioni Maria Cecília Focesi Pelicioni Maria Cristina Haddad Martins Maria da Glória Zenha Wieliczka Maximiliano Noviello Peregrina Neide Yumie Takaoka Suzete Contrera de Moura Pedro Zilwara da Penha Gerab
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Palavras chaves: Saúde, Ambiente, Vigilância Epidemiológica Ambiental.
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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA AMBIENTAL
Nos grandes centros urbanos, os principais problemas ambientais têm grandes impactos sobre a saúde e a qualidade de vida de seus moradores, estando cada vez mais presente, em seu cotidiano, a relação entre meio ambiente e saúde. Por esse motivo, esses problemas ambientais devem ser objeto de atuação do poder público e da sociedade de modo geral. Segundo Corvalán e Kjellström (1996) “a exposição humana a poluentes no ar, água, solo e alimentos - seja em episódios de alto nível, a curto prazo, ou exposições de baixo nível, a longo prazo - é um grande contribuinte para a mortalidade e a morbidade crescentes”. Esse problema se agrava, na medida em que as populações vão se expandindo, particularmente em centros urbanos. A cidade de São Paulo teve um processo de urbanização e industrialização acelerado e desordenado, que, conjugado a fatores sócio-geográficos, criou condições para a geração de graves problemas ambientais, tais como o comprometimento das águas pelo esgoto doméstico e industrial, desmatamento, ocupação irregular de áreas de proteção de mananciais, poluição do ar, principalmente de origem industrial e por veículos automotores (Sobral, 1996). A população aumentou de 2 milhões nos anos 50, para aproximadamente 10 milhões nos anos 90. A relação veículo/habitante saltou de valores próximos a 5%, nos anos 50, para aproximadamente 40%, na metade dos anos 90 (Saldiva, 1997). Apesar disso, não se têm desenvolvido, de modo adequado,