Conservação ou mudança social
Observando os eventos remotos da implantação da educação brasileira e mundial, podemos perceber a influência que o Estado e a sociedade, entre outros fatores têm exercido sobre a escola. Muito tem se falado sobre a expansão de uma escola democrática, que atenda a todas as camadas da sociedade, sobretudo as classes populares e é justamente em meio a este discurso democrático que devemos refletir sobre o papel que a instituição escolar tem desempenhado para a manutenção ou transformação social, para a formatação ou para a libertação do indivíduo.
Introdução:
A Revolução Industrial foi um momento marcante na história da humanidade, visto que ela alterou drasticamente as relações de trabalho, permitindo assim a posse do poder a classe burguesa, contudo, em meio a essas transformações o distanciamento entre as classes menos favorecidas e os detentores das riquezas foi sendo acentuada, causando um enorme distanciamento entre esses dois mundos. Em meio ao imenso aumento das desigualdades sociais deu-se por necessária a abertura do acesso a educação a todas as camadas da sociedade. O acesso a escola, desde meados do século XIX até então tem sido considerado um fator fundamental tanto para a classe trabalhadora quanto para a classe dominante, visto que a alteração na economia mundial fazia suscitar a demanda da aquisição e internalização de novos conhecimentos e valores.
Desenvolvimento:
Buscando um maior aprofundamento nesta discussão, vamos expor as idéias de três autores sobre esta interessante temática. O primeiro deles, Gomes, afirma que há uma extrema interferência das classes dominantes no que tange ao universo educacional, segundo este autor, a escola tem desenvolvido uma proposta que acaba atribuindo aos alunos uma educação que visa a manutenção de uma relação de trabalho completamente alienada, destruindo com isso a existência do lazer e substituindo o mesmo pela prática de um lazer também alienado, onde este fica resumido às