saude ambiental e epidemiologia
Assim, meio ambiente engloba também o local em que vivemos, como as cidades, com toda a complexidade de fatores envolvidos, sejam eles pessoas, animais, plantas, ar, água, solo, indústrias e comércio, para citar alguns. Numa cidade como São Paulo, onde o meio ambiente natural foi substituído por um meio ambiente urbano, há uma correlação muito grande entre o meio ambiente criado e a qualidade de vida de quem vive neste ambiente.
Assim, há muito tempo se conhece a relação existente entre alterações do meio ambiente, a degradação dos recursos naturais e o surgimento dos fatores ambientais de risco. Como exemplo podemos citar a água, pois a degradação dos mananciais devido à ocupação humana altera a qualidade desta para consumo humano (degradação do recurso), mas também a poluição por esgoto doméstico pode levar à transmissão de doenças como cólera e hepatite (surgimento de fator ambiental de risco).
Historicamente, as ações de saúde pública visando garantir a saúde humana e relacionadas às intervenções no meio ambiente, estavam relacionadas à contaminação da água de consumo humano e ao controle de vetores (insetos transmissores de doenças, tais como o mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue), reservatórios ou hospedeiros (animais que podem manter e transmitir doenças, tais como o cão e a Raiva) e peçonhentos (animais que podem inocular venenos, tais como algumas cobras e aranhas).
Mas o aumento em tamanho e em complexidade do meio urbano tem elevado, cada vez mais, a quantidade de fatores ambientais de risco. Atualmente, considera-se como fatores ambientais de risco também os poluentes químicos lançados no ar e solo pela atividade