Epicuro
Descendente de pais atenienses, nasceu na ilha de Samos. O ano era 341 ou 342 a. C. Segundo alguns estudiosos, o início de seu interesse pela filosofia deu-se na adolescência. Seu pai lhe enviou para Téos, pois Epicuro não concordara com o pensador Pânfilo, de sua ilha natal. Em Téos, teve os primeiros contatos com a teoria atomista, pregada por Nausífanes de Téos, discípulo de Demócrito de Abdera. Epicuro estudou e, após algum tempo, fez uma reformulação da teoria observando alguns pontos dos quais tinha discordado.
Outro aspecto da vida de Epicuro que pode ser mencionado é a eterna oposição à Academia e ao Liceu, buscado uma filosofia mais prática que correspondesse à seu tempo. Além disso, pregava que para atingir a certeza é preciso ter plena confiança naquilo que passado foi na sensação pura e, por conseguinte, nas idéias se formam no espírito, sendo estas o resultado dos dados sensíveis reconhecidos pelas faculdades sensitivas do corpo.
Para Epicuro, o prazer é o único fenômeno capaz de trazer o bem estar. Por pensar desta forma, foi confundido com os hedonistas, que dizem ser o prazer o princípio e o fim de uma vida feliz. No entanto, Epicuro faz uma distinção entre o prazer passageiro e prazer estável. O primeiro seria a alegria, a felicidade. Já o segundo seria a total ausência de dor.
Epicuro diz que os sábios procuram pelo segundo prazer, condenando as tentativas impulsivas e indiscriminadas de satisfação pessoal. Segundo ele, “nenhum prazer é em si um mal, porém certas coisas capazes de engendrar prazeres trazem consigo maior número de males que de prazeres”.
Diógenes Laércio, um dos maiores estudiosos da obra de Epicuro, atribui ao filósofo de Samos aproximadamente trezentos tomos de uma obra escrita. Porém, esses volumes se perderam, o que restou foram apenas três cartas, uma compilação de provérbios e uma coletânea de sentenças morais.
Após lecionar filosofia até 306 a C., fundou sua escola filosófica, “O Jardim”. Lá, lecionou até morrer.