Envelhecimento e família
Aluna: Ana Clara de Oliveira Alves
Matrícula: 13/0021334
Resenha
O artigo “Velhice e Família: Reflexões Clínicas” de Maffioletti (2009) trata do estágio mais tardio do ciclo de vida familiar. O texto apresenta a concepção sobre velhice na sociedade ocidental como um estágio marcado pela improdutividade (uma ameaça à economia); pela degeneração natural geradora de doenças e constante medicalização por decadência, solidão e choro pela juventude perdida; finitude e encontro próximo à morte; perdas contínuas, abandono e ausência de papel social. Todos esses aspectos são reflexos de uma sociedade que valoriza o novo, o atual e a força produtiva do indivíduo, além da eterna busca pela juventude e imortalidade.
Reverberando essa perspectiva, Carter & McGoldrick (1995) também afirmam a falta de visões positivas a respeito do envelhecimento, muitas delas relacionadas a mitos, como os de que a maioria dos idosos não têm família, e os que têm pouco se relacionam com ela, sendo normalmente alocados em instituições asilares. No entanto, os próprios Carter & McGoldrick mostram dados de realidade diferentes, como os de que nos EUA apenas 4% dos idosos vivem em instituições, e mais de 80% moram a menos de 1 hora de distância de suas famílias. Concomitantemente no Brasil segundo o censo 2000, a maioria dos idosos vive com seus familiares, sendo a alocação em asilo último recurso, quando há realmente falta uma rede de apoio social (Maffioletti, 2009)
Apesar de os dados estatísticos não refletirem os mitos citados acerca da velhice, sabe-se da existência de estresse familiar nas chamadas transições desevolvimentais predizíveis (Carter & McGoldrick,1995), sendo o ajustamentos quanto à aposentadoria, possível viuvez, perda progressiva da autoridade na família alguns dos desafios dessa fase.
Nessa perspectiva, torna-se preocupante a constatação Maffioletti (2009) de que na velhice, o sofrimento que advém do corpo e dos conflitos familiares devido a essa