Entrevista sobre Hobbes

Rio de Janeiro
Setembro - 2014 Aos 63 anos, nascido na Inglaterra em 5 de Abril de 1588, Thomas Hobbes publica seu livro "Leviatã". No qual defende a tese do homem que, por viver num estado de natureza onde todos estariam preocupados com seus próprios interesses, seria necessária a existência de um governante para apaziguar os conflitos humanos. A guerra de todos contra todos só seria evitada através do contrato social. Porém, suas ideias não foram bem aceitas neste período, principalmente por ser considerado ateu. Thomas Hobbes é um teórico político, filósofo e matemático inglês, sendo também um grande defensor da Monarquia, onde prega um governo centralizador. Entenda mais com a entrevista a seguir: Sabemos que o senhor afirma que “o homem é o lobo do homem”. Sobre isso, qual é, para você, o verdadeiro problema da natureza humana que atrapalha suas relações entre si?
O homem, em seu estado natural, não possui um senso de comunidade e cooperação. Vivendo sem um governo que apazigue seus conflitos e estabeleça regras de convivência, ele prioriza seus interesses e lutará até que estes sejam alcançados. Será dada, assim, uma luta de todos contra todos em que cada um impõe sua própria vontade e sua visão dos direitos que merece, o que impossibilitaria um senso comum. É aí que entra a necessidade de um governante tomar posse de todos os direitos dos membros do Estado que governa e controlá-los para que seja feita a paz. Então, segundo as suas teorias, o ser humano não é naturalmente sociável?
Assim como mencionado no início da minha obra “Leviatã”, os seres humanos são vulneráveis à violência devido à ausência de uma autoridade soberana. Ao existir igualdade e liberdade a todos, cria-se um conflito onde o que mais vale é o próprio interesse. Portanto, a justiça não faz parte da natureza humana, mas sim, a farsa e a fraude, o que nos faz não sociáveis. Segundo o senhor, para regulamentar o convívio social e garantir a paz e a segurança de