entrevista dependência quimica
“Dependência um tema complexo”
Por: Alunos da Faculdade Paulo VI
Pesquisas realizadas apontam em direção à iniciação cada vez mais precoce e de forma pesada no uso abusivo de substâncias psicoativas. Em razão desta realidade, um percentual importante dos usuários desenvolverá dependência e necessitarão de cuidados especializados.
As ações relativas aos transtornos decorrentes do consumo de drogas devem espelhar a realidade nacional e caminhar no sentido de propiciar atuação integral à saúde do indivíduo em ambientes alternativos à internação hospitalar. Através da atuação multidisciplinar, das equipes técnicas especializadas e com a participação comunitária, pode-se alcançar não somente a recuperação clínica do dependente como também sua inclusão social, tendo sempre em vista a família como paciente.
Luís Eduardo Marra formou-se pela Escola Paulista de Medicina em 1982. Concluiu residência em Medicina Geral e Comunitária também pela Escola Paulista de Medicina. Atuou como médico da família no atual Programa Saúde da Família (PSF) do estado de São Paulo. É escritor e trabalha com dependentes químicos usando recursos teatrais. É médico há mais de dez anos em duas unidades do CAPS-AD II (Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas) da cidade de São Paulo. Atua Também como médico clínico na comunidade terapêutica para dependentes químicos, Instituto Geração Vida. É autor dos Livros: CRACK – O QUE É, COMO PREVENIR e COLETIVO ALEATÓRIO.
É sabido que são diversos os fatores sociais, biológicos e psicológicos que influenciam a relação de um indivíduo com o uso de determinada droga, de acordo com sua experiência pessoal, deixando de lado as inúmeras definições dos livros, revistas e artigos em geral, o que é dependência?
Há várias definições possíveis e imagináveis. A princípio, ou denotativamente falando, dependência significaria falta de autonomia ou carência por completude, a qual estabeleceria uma necessidade