entre a exclusão a compreensão e a liberdade
1JOSÉ RAMOS DE SOUSA
“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser.
Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado”.
(Rubem Alves)
INTRODUÇÂO
Aos 24 anos, quase chegando a Bodas de Prata, o Estatuto da Criança e dos Adolescentes, ainda é desconhecido e mal interpretado por muitas pessoas, inclusive por profissionais que atuam diretamente com o publico infanto-juvenil por ele defendido.
Nesse trabalho intitulado “Entre a Exclusão, a Compreensão e a liberdade: O Adolescente em Conflito com a Lei e o Contexto Escolar”, Têm-se a intenção de relatar a experiência vivada como Coordenador de Turno do Turno Noturno da UMEF Professor Thelmo Torres da rede municipal de Vila Velha, e como professor da EEEFM Maracanã da rede estadual de ensino, analisando a forma que se da o processo educativo de Adolescentes em Conflito com a Lei que são obrigados por determinação da Justiça da Infância e da Juventude a estarem matriculados e frequentando a escola. Para essa reflexão usarei como referencial teórico a experiência do Professor Antônio Carlos Gomes da Costa e Paulo Freire e Luiza Camacho. Além disso, minha participação como militante dos direitos infanto- juvenis, atuando no Conselheiro Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescentes da Região IV de Cariacica e de Presidir o Conselho Municipal da Criança dos Adolescentes de