Entomologia Forense
Em determinadas investigações criminais o avançado estado de decomposição do cadáver dificulta o estabelecimento da causa da morte e o intervalo post mortem, ou cronotanatognose, e nem sempre as ferramentas convencionais conseguirão determinar quando isso aconteceu. E a partir desse momento pode-se fazer uso de uma ferramenta, que provoca grande repulsa em grande parte da população: os insetos. É com o auxílio dessa ferramenta que se pode estimar o intervalo que indivíduo morreu e se este fez uso de entorpecentes enquanto vivo. Além de estimar o intervalo post mortem, esta ferramenta também pode auxiliar nas investigações de maus tratos, de tráfico de drogas. 2 REFERENCIAL TEÓRICO
Os insetos tem despertado o interesse do homem há bastante tempo, sendo possível encontrar registros sobre eles em esculturas e pinturas, com destaques para abelhas e escaravelhos. No antigo Egito, os egípcios usavam amuletos e selos em forma de escaravelho, e este era reconhecido como o deus do sol, Khepri (CÉSAR, 2009).E com Baal Zebub, sendo adorado pelas antigas civilizações do Oriente Médio, conhecido como o Senhor das Moscas. (Thompson & Pont, 1993). Nas antigas civilizações do Mediterrâneo, nossos antepassados intelectuais e culturais, tinham pouco conhecimento preciso sobre as moscas. Sem recursos econômicos, motivação social, intensa curiosidade intelectual, e equipamentos ópticos que se tornaram disponíveis na Europa nos séculos XIX e XX, eles notavam apenas aquelas moscas que interferiam diretamente em suas vidas. [...] Baal Zebub era adorado porque deu proteção contra as moscas [...].O grande zoologista da história foi Aristóteles (384-322 A.C.) [...]. Ele classificou os insetos primeiramente por suas asas e secundariamente por suas partes bucais. (THOPSON e PONT, 1993). Com os estudos detalhados de Aristóteles sobre insetos, a Entomologia ganhou um grande impulso. O primeiro caso documentado de entomologia forense foié relatado por