entevista devolutiva em forma de historia

2202 palavras 9 páginas
Juliana Vanessa Marchi, Milena dos Santos Maróstica, Viviane Godoy Izaias, Helena Rinaldi Rosa
Revista de Psicologia da UNESP, 8(2), 2009. 127
O psicodiagnóstico interventivo e a devolutiva com histórias infantis
Juliana Vanessa Marchi1
Milena dos Santos Maróstica2
Viviane Godoy Izaias3
Helena Rinaldi Rosa4
Faculdade de Ciências e Letras da UNESP-Assis
O modelo de psicodiagnóstico interventivo é inspirado no trabalho das Dras.
Marilia Ancona-Lopez (1987) e Marizilda Fleury Donatteli (2005), que vêem na devolutiva com histórias uma oportunidade de se trabalhar com analogias, o que permite à criança uma compreensão de sua problemática de acordo com sua capacidade egóica.
Nesse contexto, o livro conta a história de uma personagem com a qual a criança possa se identificar. A principal preocupação é como fazer o paciente entender, de forma lúdica, o que foi compreendido dele durante o processo psicodiagnóstico. Com isso, ajudá-lo a elaborar a situação que o trouxe à clínica.
A história deve conter os principais conflitos e medos, assim como integrar todos os conteúdos tocados no psicodiagnóstico, sem, no entanto, invadir a criança, segundo as autoras e a bibliografia sobre o tema. Os dados obtidos durante a anamnese, testes projetivos e horas de jogo devem ser usados como roteiro para construir a história para cada paciente. As histórias seguem os parâmetros propostos por Ocampo et al. (2009), de dosar, ao longo da devolutiva, aspectos positivos e negativos sobre o paciente, e somente informações que este pode suportar. Cada estagiário define como apresentar a história para a criança, o que pode ser feito por meio de confecções de livros, cenários, fantoches, etc., sempre de acordo com interesses do paciente. O fato de a criança se apropriar do livro ao final do processo de psicodiagnóstico interventivo permite a ela uma elaboração de seu caso clínico após o encerramento e mesmo ao longo de sua existência. São apresentados três casos em que

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