Entenda a crise na Grécia e suas implicações
A crise financeira da Grécia pode ter profundas implicações para outros países europeus e para a economia mundial. O premiê George Papandreou tenta aprovar novas medidas de contenção de gastos necessárias para que e União Europeia e o FMI continuem efetuando os pagamentos dos pacotes de resgate que prometeram a Grécia.
A Grécia gastou bem mais que podia na última década, pedindo empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente dívida. Nesse período, os gastos públicos foram as alturas, e os salários do funcionalismo praticamente dobraram.
O governo alemão quer que os bancos as agruras de um segundo resgate. Isso significa que, em vez de a Grécia toma dinheiro emprestado da EU para pagar dívidas de vencimento imediato, os bancos teriam de concordar em renegociar essas dividas, provavelmente em termos mais favoráveis aos gregos. A agencia de classificação de risco Moody’s já declarou que pode rebaixar a nota dos três maiores bancos da França por causa de sua vulnerabilidade a dívida grega.
Desde o início dos anos 2000, o governo norte-americano reduziu as taxas de juros, gerando uma oferta elevada de credito. Os bancos tinham muitos papeis e empréstimos no setor imobiliário. Isso desembocou na chamada crise do subprime, em 2008. Faltou credito, o consumo caiu, e o desempenho das empresas foi duramente afetado.
Para evitar que esses bancos quebrassem e houvesse um possível dano maior a economia mundial, os governos realizaram uma operação de resgate, injetando recursos públicos nas instituições bancarias. O dinheiro público usado para salvar os bancos foi o principal motivo do alto endividamento atual dos governos. Nos EUA, a dívida pública subiu cerca de 20% em relação ao PIB. Porem a economia não cresceu na velocidade que se esperava. Em 2008, o sistema interbancário parou, os bancos não emprestavam dinheiro um para o outro, e até o sistema de linha de credito para exportações foi