Entenda a crise da dívida da grécia
Os políticos gregos aprovaram uma nova série de medidas de austeridade necessárias para obter um pacote de resgate para a economia do país.
As medidas eram exigidas pela "troika" - o grupo de negociadores internacionais formados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e União Europeia.
Na madrugada de terça-feira foi anunciado que o acordo permitirá que o governo grego tenha acesso a 130 bilhões de euros em empréstimos e permitir uma redução de 100 bilhões de euros na dívida que o país tem com bancos privados.
No dia 20 de março, a Grécia precisa pagar uma parcela de 14,5 bilhões de euros.
Entenda, abaixo, como a Grécia chegou nessa situação e quais as medidas em curso para tentar recuperar o país.
Quem está pagando o resgate da Grécia?
Em tese, os governos europeus não estão pagando nada, já que o pacote de 130 bilhões de euros vem na forma de um empréstimo.
O dinheiro será emprestado a uma baixa taxa de juros, mas ainda acima do custo de tomada de empréstimos de países como Alemanha e França.
Ao contrário dos governos europeus, os credores privados - como bancos europeus - vão perder bastante dinheiro.
Pelo acordo, eles vão ter que aceitar uma redução entre 50% e 70% do dinheiro que emprestaram para a Grécia no passado.
O problema é que a economia grega está em estado tão frágil que mesmo esta redução nas dívidas não será suficiente para diminuir o tamanho da dívida grega para que ela possa ser paga no longo prazo.
Por isso, os líderes europeus já estão discutindo novas soluções, como pedir aos bancos privados que aceitem um prejuízo maior ainda, ou sugerindo que bancos centrais (inclusive o Banco Central Europeu) perdoem parte da dívida grega que possuem em títulos.
Outra opção é reduzir a taxa de juros cobrada no pacote de resgate ou reinvestir o lucro dos empréstimos para aumentar os recursos à disposição.
O que são as medidas de austeridade exigidas da