Crise
Entenda a crise na Grécia
Itália aprova plano de corte de gastos
Risco de calote aumenta em Portugal
Plano de 750 bilhões de euros é aprovado
A crise financeira mundial que teve início nos Estados Unidos e atingiu o auge em setembro de 2008 agravou os problemas financeiros de alguns países da Europa como Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha. Com o objetivo de diminuir os impactos da crise sobre suas economias, esses países ajudaram os setores mais críticos com pacotes bilionários, que evitariam perdas de empregos e atenuariam os efeitos negativos das turbulências no setor financeiro. Com tantos pacotes de ajuda, a arrecadação destes governos diminuiu e eles ficaram mais endividados. O caso da Grécia é o mais complicado, porque o país já vinha apresentando, antes da crise financeira mundial, problemas fiscais e alto endividamento público. A dívida grega é maior do que o próprio PIB (Produto Interno Bruto, a soma de tudo que uma nação produz) do país. É a mesma situação que enfrenta um cidadão comum que já gastou todo o salário e recorre a todos os limites de cartão de crédito e de cheque especial: ele fica sem ter de onde tirar recursos para quitar todas as suas dívidas.
Em 2009, segundo estimativas, o país grego acumulou uma dívida de aproximadamente R$ 700 bilhões (300 bilhões de euros). Ou seja, fechou o ano devendo mais do que gerou de riquezas – no ano passado o PIB grego chegou a cerca de R$ 600 bilhões (255,3 bilhões de euros), segundo dados do CIA World Factbook (compilação de dados feita pela Agência Central de Inteligência dos EUA). A dívida pública de um país é composta pelos empréstimos tomados pelo governo que ainda precisam ser pagos.
Com a crise que abalou a economia mundial, o país passou a enfrentar problemas para arrecadar impostos, uma vez que empresas começaram a quebrar, o desemprego aumentou e o consumo caiu. Com isso o chamado déficit (quando mais dinheiro sai do que entra) no Orçamento do país