Crise na grecia

Crise na Grécia

A crise na Grécia teve seu estopim no início de 2010 com resultado de um endividamento público, com gastos excessivos associados a inúmeros pedidos de empréstimos na última década, aprofundada em razão da crise financeira mundial em 2008.

Até 2009 pode-se dizer que a Grécia estava incluída entre as economias desenvolvidas. Era a 34ª economia do mundo com um PIB estimado de US$ 341 bilhões, com a participação da indústria de 17,9 %, da agricultura 3,3% e no setor de serviços com participação 78,8%, com destaque representativo no setor de turismo. Apresentava um déficit comercial constante com importações de US$ 64 bilhões contra exportações de US$ 231 bilhões. Apesar disso foi um dos países que mais se beneficiou da União dos Países Europeus, com a formação da zona do Euro. Com a possibilidade da obtenção de empréstimos com juros semelhantes aos dos outros países do bloco, apresentou um boom de otimismo obtendo um crescimento de 3,3% em sua economia e vinha obtendo taxas de crescimento em torno de 4% desde o ano 2000, excedendo em mais de 1% a média européia.

A Grécia era governada pelo Partido Conservador Nova Democracia que atuou por seis anos até 2009. Uma base de governo que não equacionava seu orçamento, já tendo herdado déficit do Governo anterior oriundo dos investimentos da Olimpíada de 2004, aumentando ainda mais a dívida externa do país.

Quando o novo Primeiro Ministro George Papandreou, do Partido Socialista, assumiu o governo constatou uma “maquiagem” de dados da dívida pública para os parceiros da União Européia e o Banco Central Europeu (BCE); a Grécia estava com um déficit público correspondente a 15,7% do PIB (mais que o dobro do informado pelo Governo anterior).

Esta situação levou no final de 2009 ao rebaixamento da qualificação da crise por agências de classificação de risco como Standard & Poor’s e Fitch Ratings; levando a uma intermediação do BCE para a adoção de medidas para minimizar a repercussão da crise