Ensino Espanhol
O Sistema Educacional Brasileiro vive a influência da língua espanhola há pelo menos 120 anos, deixando de considerar os séculos XVI e XVII; com a atuação dos jesuítas na alfabetização do português e espanhol.
As imigrações deixaram a cultura espanhola muito mais expressa do que a própria língua, pois seu lugar foi “por livre e espontânea pressão”, cedido ao inglês, francês e alemão, instituídas ainda no governo Vargas como línguas estrangeiras do sistema educacional. Essas línguas deveriam ser ensinadas no seu idioma, o que resultou na imensa dificuldade de encontrar professores capacitados para essa função.
Assim, houve várias reformas no sistema educacional onde a necessidade do ensino da língua espanhola muitas vezes foi colocada em pauta nas discussões. Leis e medidas eram criadas para que o espanhol fizesse parte da grade curricular do ensino brasileiro, porém sempre eram esbarradas por outras emendas e até rejeições que levavam as empreitadas ao colapso. Claro que interesses políticos, econômicos e culturais dos Estados Unidos era o grande motivo de tantas revogações.
Com o passar dos anos, o cenário político-econômico foi sofrendo transformações. As consequências da globalização, as relações com os países “hispanohablantes”, diversos tratados firmados e o status do Brasil no MERCOSUL despertaram a importância do domínio do idioma espanhol no Brasil e, finalmente em 2005 conseguiu-se instituir a língua de Cervantes como parte obrigatória do currículo nos cursos do ensino médio, através da lei 11.161/2005.
Indubitavelmente este feito não se trata de um zelo concernente valorização do nível de conhecimento dos brasileiros com escopo voltado à educação e cultura ou ao domínio da língua espanhola, como algo complementar no rol do processo de formação do indivíduo. Porém há de se reconhecer que os interesses comerciais acabam por favorecer os ensejos pessoais em termos de aquisição de