Ensino da arte nas diferentes épocas
O ensino da Arte enfrentou preconceito desde o início da Educação no Brasil, com a criação da Academia de Belas Artes em 1816, uma das primeiras instituições de Ensino Superior. Com a chegada da República, aumentou esse preconceito, e o ensino da arte era considerado objeto de adorno do Reinado e Império.
Durante o Renascimento surgiu uma concepção de que a ciência era produto do pensamento racional, e a arte pura sensibilidade, quando na verdade não é possível existir ciência sem imaginação, nem arte sem conhecimento.
Com a Revolução Industrial, novas necessidades fizeram com que crescesse a preocupação com a arte-educação, porém nos dez anos após a implantação do ensino de arte obrigatório no país, a educação artística foi um caos, com professores despreparados, deslocados e menosprezados pelo sistema escolar.
No início da década de 70, autores norte-americanos afirmaram que o desenvolvimento artístico não ocorre automaticamente a medida que a criança cresce, portanto é tarefa do professor propiciar essa aprendizagem por meio de instrução. Os currículos nessa época enfatizavam que a Educação Artística deveria deter-se na expressão e na comunicação, e na formação de apreciadores de arte. A arte adulta deveria permanecer bem distante dos muros da escola, sob o perigo da influência que poderia macular a genuína e espontânea expressão infantil.
O Ensino de arte nas escolas passou a ser mera proposição de atividades artísticas, e os professores deveriam atender a todas as linguagens, mesmo aquelas para as quais não haviam se formado. Não havia formação dos professores no domínio de várias linguagens, que deviam ser incluídas no conjunto de atividades artísticas (artes plásticas, educação musical, artes cênicas), e os professores viram-se como polivalentes, tendo que deixar suas áreas específicas de formação.
A partir dos anos 80 constitui-se o movimento Arte-Educação, resultando na mobilização de