População
Tal inversão significou mais que uma mudança de endereço, mas, toda uma conjuntura econômica e social foi alterada, passando pelas novas determinações na DTT com o emprego de técnicas e tecnologias na produção que repercutiram profundamente na oferta e nas condições de trabalho, intensificando a precarização do trabalho e do trabalhador no campo e na cidade.
Os sujeitos envolvidos na apropriação da terra e nas relações de produção no campo foram alterados. Além da oligarquia rural existentes, também empresários industriais passaram a adquirir terra, não só para produção, mas principalmente como reserva de valor
– sujeita a especulação imobiliária. A produção, embora mantenha alguma relação anterior, passa também a ser industrializada. Mas ainda, a produção mantêm-se voltada para o mercado externo em detrimento do interno. Trata-se da territorialização do monopólio capitalista, seguida da constante desterritorialização-reterritorialização que ultrapassa as marcas do que é rural e do que é urbano.
Esses processos, em seu conjunto, têm ampliado os conflitos sociais e, com isso, o aumento dos movimentos sociais no campo, não só por melhores condições de trabalho e salário, no caso dos trabalhadores assalariados, como os cortadores de cana entre outros, mas sobretudo, a luta pela terra por aqueles expropriados que resistem à essa condição e, querem se manter no campo.
Outro fato importante a considerar é que embora o desenvolvimento do capitalismo tenha se ampliado e intensificado no campo, contraditoriamente, também ainda se mantém algumas resistências, manifesta, nesse caso, pelo trabalho familiar, um segmento da classe trabalhadora . Ampliou-se a circulação pela via da construção de estradas de rodagem e incentivou a industrialização e, conseqüentemente, a urbanização via capital internacional, com ele