Ensino 9 anos
Jorge Antônio da Silva Sitó [2]
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Resumo: O presente trabalho objetiva analisar o processo de ampliação do Ensino Fundamental para 9 anos, no sistema educacional brasileiro. Busca, contextualizadamente, compreender os mecanismos sociais tensionadores dos atuais projetos educativos, inscrevendo a respectiva ampliação como um desses mecanismos que desafiam a inventividade. O trabalho traz, inicialmente, alguns aspectos retrospectivos que provocam a tese da ampliação. Estabelece categorias de análise, a legal, a política e a pedagógica. Aponta possibilidades e caminhos organizacionais desse nível de ensino e, finalmente, reforça argumentos pró-ampliação, compreendido esse processo como condição estratégica de avanço sistêmico dos projetos educativos nos sistemas educacionais de nosso país, em termos de acesso, permanência, qualidade e sucesso escolar.
Palavras-chave: ensino fundamental; ampliação; dimensões; infância; alfabetização;
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Introdução
No descortinar do século XXI, estamos vivendo um tempo em que, pela dinâmica do paradigma societário, a escola está sendo provocada em suas convicções e organização como conseqüência de demandas que, até então, não estavam colocadas como necessárias ou não apareciam com a visibilidade exigida, são novos desafios, exigências de outros paradigmas, a presença de novos sujeitos sociais, os avanços nas ciências cognitivas, novas bases teóricas sobre o conhecimento, entre outros desdobramentos sócio-políticos.
Por conta desse cenário, a necessidade de reinvenção da escola e de seus processos se coloca como uma condição de garantia de sua existência, enquanto instituição que aspira cumprir uma função social que lhe foi atribuída no percurso histórico.
Na análise dos novos sujeitos sociais, destaco três pólos tensionadores