Ensaio "o boca preta"
RESUMO 2 1-INTRODUÇÃO 3 2-INFÂNCIA 4
3-ADOLESCÊNCIA 12 4-MATURIDADE- O ENCONTRO COM MINHA SUBJETIVIDADE 15 5-BIBLIOGRAFIA 18
ENSAIO : O “BOCA PRETA”
(1.933-2012)
* RESUMO
Este é um ensaio autobiográfico de uma neta de negros e filha de mestiço. “Não saí dos porões de um navio negreiro, não vivi a escravidão do passado, não sofri com chibatas e nem servi de ama de leite ou escrava do Senhor, mas os resquícios daquela aurora ainda iluminam o céu do planeta, ainda clareiam como a aurora boreal o céu do Brasil e é por isso que minha história é recheada de nuances do preconceito que os pobres e pretos vivem em pleno século XXI. A tradição escravista continua de forma modificada, diferente, mascarada, insinuando-se entre a luta pela sobrevivência, a fome, o desemprego e a falta de oportunidade no cenário da educação para os que não possuem uma raça definida.”
Palavra chave: mestiço; preconceito; tradição
O racismo justificado pela ciência foi a forma de manter a desigualdade de tratamento entre brancos e negros, nesse momento histórico. Essa desigualdade ainda pode ser observada nos dias de hoje.
Sylvia da Silveira Nunes
* 1-INTRODUÇÃO
Discutir o racismo no Brasil é complicado porque há uma falsa ideologia de que não existe o preconceito num país miscigenado. Teorias a parte, sabemos que o mundo real onde convivem brancos, negros e sua mistura sofre de uma doença que até hoje ainda não foi descoberta a cura, e de qual doença falamos? A projeção e o medo patológico. Segundo (Fanon,1980 pg.154) “Quando a civilização europeia entrou em contato com o negro,...todo o mundo concordou: esses negros eram o principio do mal...negro, o obscuro, a sombra, as trevas, a noite, os labirintos da terra, as profundezas abissais...” O medo sendo parte subjacente do homem traz benefícios para a sua sobrevivência, mas o medo