Ensaio sobre o poema o reino da estupidez

INTRODUÇÃO

O trabalho que aqui se apresenta é acerca do poema O Reino da estupidez, escrito por Melo Franco, no ano de 1779. Este é um poema, escrito na época da implementação da Reforma Pombalina durante o reitorado do Principal Mendonça, tem como principal alvo a Reforma e a sociedade portuguesa. Foi acima de tudo uma vingança do estudante brasileiro de medicina Francisco de Mello Franco, que pela Inquisição de Coimbra foi acusado de enciclopedista.
Numa primeira fase irei debruçar-me ao período anterior à Reforma, de forma, a dar uma luz geral do que foi o percurso da Universidade portuguesa e a forma como se administrava o ensino superior. Tendo em conta que era o único estabelecimento deste género de estudo no país, à excepção do intervalo referente a 1559 a 1759, em que funcionou a Universidade de Évora, numa época em que a cidade era a segunda capital do reino, o seu cuidado foi entregue à Companhia dos jesuítas, que durante dois séculos teve ao cargo o estudo das novas elites religiosas. Coimbra era a metrópole da cultura e da pedagogia no reino, era uma cidade vocacionada para os seus estudantes e os seus estudantes vocacionados para a cidade, assim se criava uma união simples, afectuosa e duradoura.
Numa segunda fase será enaltecido o que a Reforma trouxe de novo para o ensino português, as alterações decorrentes às condições de acesso, os processos de avaliação de conhecimentos, o estatuto e a condição dos professores.
Também não será esquecido, neste breve trabalho, a importância que os três reitores reformadores tiveram ao longo de todo este processo. Nesta fase, eu irei debruçar-me em três reitorados, o reitorado de D. Francisco de Lemos (1770-1779), o reitorado de D. José Francisco de Mendoça (1779-1785) e por fim, o reitorado de D. Francisco Rafael de Castro (1785-1799). Irei explanar, de forma sintética, a sua biografia e o papel que exerceram bem como as suas decisões para as alterações levadas a cabo no estabelecimento.
Num capítulo final,