Ensaio sobre o filme "O homem que copiava"
O filme “O homem que copiava” aborda certos temas polêmicos sobre a realidade social do Brasil moderno. Baseado na historia de um homem pobre, com um trabalho muito básico e que vive uma serie de eventos extraordinários, o filme usa uma historia divertida e interessante para alertar ao expectador de certos problemas sociais que geralmente são ignorados. Primeiramente, o filme mostra a presença da corrupção na vida cotidiana dos brasileiros. O ato de copiar sem autorização, que no filme se vede com o caso do dinheiro falso que André fabricava, é presente em outros aspetos da vida dos brasileiros também e não recebe o castigo que ele merece. Na sociedade brasileira, é muito comum copiar documentos, serviços, propriedade intelectual (filmes e música) ou produtos com a intenção de obter vantagem econômica. Lamentavelmente, é tão comum que as pessoas podem até esquecer que copiar é ilegal.
Segundamente, o filme mostra que ainda tem muita injustiça na sociedade e que as pessoas ainda precisam ser punidas. O fato de que André e Cardoso puderam usar o dinheiro falso, roubar ainda mais dinheiro e comprar tantas coisas sem serem encontrados pela policia, é uma prova da ineficiência do sistema de justiça brasileiro. A evolução do André, que começou só com o dinheiro falso e terminou roubando dois milhões de reais, leva a pensar que um crime não punido faz com que as pessoas cometam outros.
Finalmente, o filme também é uma critica sutil sobre os problemas econômicos do Brasil moderno. Usando personagens sem muito dinheiro, o filme ilustra a drástica disparidade econômica entre a elite social e a classe trabalhadora. É irônico pensar que a única coisa legal que ajudou a André obter mais dinheiro foi ganhar a loteria. Quantas pessoas podem ter tanta sorte? Definitivamente a mensagem do filme é clara sobre a dificuldade de mobilidade social: seria tão improvável como ganhar na loteria. André, como uma grande parte da população brasileira, exerce um