Ensaio Sobre A construção do escravismo no Novo Mundo: do Barroco ao moderno, 1492-1800
Mundo: do Barroco ao moderno, 1492-1800
As plantations vieram como forma de substituir o modelo de cultivo desenvolvido durante os séculos XVII e XVIII na América. Surgindo primariamente nas colônias ibéricas, e posteriormente sendo adaptado e aperfeiçoado nas colônias Inglesas, Francesas, se tornando um empreendimento extremamente lucrativo e propiciando o desenvolvimento político e econômico dessas potencias européias nos séculos subseqüentes.
Apesar do pioneirismo português na intensificação de contato entre a África e Europa, e no domínio das relações de tráfico de escravos até o final do século XVI, os Ingleses se estabeleceram como principal potencia marítima em meados do século XVII, e posteriormente como maiores traficantes de escravos no século XVIII. Muito disso se deve a intervenção dos holandeses na economia colonial ibérica, com seus ataques constantes aos principais centros de economia ultramar de Portugal e Espanha.
Durante o domínio holandês sobre território brasileiro, os segredos do cultivo de açúcar foram transportados das colônias brasileiras para as caribenhas. Posteriormente, quando o domínio desses territórios passou para Inglaterra e França, esses conhecimentos foram empregados e aperfeiçoados para melhor atenderem o volume de cultivo que estava sendo demandado pelo mercado de consumo europeu.
O aumento da demanda Européia por açúcar foi tamanho que seu lucro era suficiente para alimentar a continuidade do trafico de escravos africanos e a colonização das Américas. A princípio considerado um artigo de luxo, o açúcar obteve um aumento de consumo exponencial em cerca de 200 anos, conseguindo atingir um preço popular em meados do século XVIII.
O emprego de um sistema de Plantation em determinado ambiente estava inerentemente ligado ao fato de ser necessária uma quantidade imensa de mão de obra que pudesse ser obtida rapidamente. Logo, mão de obra nativa americana não era uma