Ensaio sobre a cegueira
A força da epidemia não diminui com as atitudes tomadas pelo governo e depressa o mundo se torna cego, onde apenas uma mulher, misteriosa mantem a sua visão, enfrentando todos os horrores que serão causados, presenciando visualmente todas as coisas que acontece ao seu redor: poder, ganância, desejo.
Nesta quarentena esses sentimentos se desenvolver sob diversas formas: lutas entre grupos pela pouca comida disponibilizada, com isso ocorre uma ‘guerra’, atitudes que antes nunca seriam cometidas, atos de violência e abuso sexual, mortes, …
Ao conseguir finalmente sair (devido a um fogo posto na camarata de uma grupo dominante, que instalara ainda mais o desespero controlando a comida a troco de todos os bens dos restantes e serviços sexuais) do antigo hospício onde o governo os pusera em quarentena, a mulher que vê depara-se com a ausência de guarda: “a cidade estava toda infectada”; cadáveres, lixo, detritos, todo o tipo de sujidade e imundice se instalara pela cidade.
Com tudo isso a mulher quer enxergar, leva as pessoas que mais teve afinidade pra sua casa e lós da abrigo comida. Ao correr dos dias a primeira pessoa que voltar a enxergar foi o homem que estava no semáforo e assim essa epidemia vai