ensaio estética
DEPARTAMENTO DE JORNALISMO
DISCIPLINA: ESTÉTICA E CULTURA DE MASSA
LUCIANE TOLEDO
Ensaio
Estudo sobre a questão da falsificação de obras de arte, tratada no filme Verdades e Mentiras, de Orson Welles, sobre a ótica "são os 'olhadores' que fazem um quadro".
É possível pensar a arte como uma obra única que exprime a essência do artista. Comparando ao mictório de Duchamp, o que pode ser considerado arte não é feito em série, tem na sua essência a unicidade.
Uma reprodução pode ser aceita, entretanto, uma cópia não entra nem mesmo na concepção de antiarte, como mostra Coli no livro O que é Arte. A cópia pode ser tratada como uma questão de má fé. Reproduções da Monalisa, por exemplo, são elaboradas e aceitas pela legalidade, por existir convenções que permitem esse tipo de prática. Já no caso de uma obra de Picasso falsa, mesmo sendo idêntica, não pode ser aceita pelas mesmas convenções supracitadas. A arte como a própria evolução do homem, passa por mudanças. Desde as expressões mais clássicas pela perfeição até as formas polêmicas dos movimentos mais modernos, a arte está a mercê de mudanças de pontos de vista. Desde que o conceito de arte é visto com o que temos agora, copiar uma obra tira a validade, a autenticidade, e por mais perfeita que seja, não é composta pelo elemento histórico social do artista, e a emoção e o sentimento não fazem parte da composição. A mensagem talvez possa ser transmitida, mas a essência talvez não.
Quando se fala em olhar artístico e definição de arte, novamente a subjetividade vem à tona. Do ponto de vista teórico, e partindo da leitura de Coli, a concepção do que é ou não arte pode estar ligada a um determinado perfil cultural, ao que a sociedade aceita como arte. Um comportamento mutável, inclusive. A frase de Coli, “[...] os objetos artísticos ultrapassam a história, as sociedades que os engendraram, porque possuem alguma coisa (uma presença) que nós, em nossa cultura,