Ensaio de embutimento
Os ensaios de estiramento são realizados em máquinas apropriadas, onde se coloca a chapa entre uma matriz e um anel de fixação, sendo presa por uma carga de compressão. O punção aplica uma carga que força a chapa a se abaular, formando um copo (ver Figura 1). Esses ensaios avaliam a profundidade do copo no momento da estricção ou no momento em que ocorra a ruptura do copo. O punção tem cabeça esférica, com 20mm de diâmetro, sendo que utiliza-se graxa grafitada no punção como lubrificante. No ensaio Erichsen, o resultado final é a medida da altura do copo (em milímetros) no momento em que se dá a fratura no topo do copo. A altura do copo após o ensaio é o índice Erichsen de embutimento (IE). Existem várias especificações de chapas na ABNT que exigem um valor mínimo para o índice de Erichsen para cada espessura de chapa, ou tipo de estampagem para qual a chapa foi fabricada (média, profunda ou extraprfunda).
Algumas máquinas são equipadas com dinamômetros, que medem a força aplicada pelo punção durante o ensaio. Assim, pode-se tomar a queda brusca da carga, no momento da ruptura do corpo de prova, como o fim do ensaio. A importância de se registrar a carga de fratura se justifica pelo fato de que duas chapas supostamente semelhantes, quando ensaiadas nas mesmas condições, podem apresentar a mesma altura do copo (mesma ductilidade), porém uma das chapas pode precisar de uma carga muito maior do que a outra. Assim, a chapa que rompeu com a carga menor seria a chapa preferida, visto que numa operação de estiramento da chapa mais resistente, ocorreria muito mais deformação da prensa, o que poderia acarretar danos do equipamento, caso a operação tivesse sido feita próximo da sua capacidade máxima.
Apesar de muito simples e muito utilizado, o ensaio Erichsen apresenta como maior desvantagem uma má reprodutibilidade, como conseqüência do emprego de pressões diferentes para a fixação da chapa na matriz, a diferenças de rugosidades nas matrizes