Segurança industrial
Etiologia: De acordo com DICKMAN (1994), a antracnose constitui-se na mais importante doença incidente sobre frutos maduros em regiões produtoras do mundo. Sendo problema em frutos não refrigerados para o comércio interno, como em frutos refrigerados para exportação.
Sua nocividade para a economia é grande, pois os frutos atacados pela antracnose tornam-se imprestáveis para a comercialização e consumo. Ainda que estes não apresentem os sintomas quando colhidos, a doença se manifesta posteriormente na fase de embalagem, transporte e amadurecimento e comercialização, causando grande percentagem de perdas.
O fungo sobrevive de um ano para outro nas lesões velhas de restos de cultura, principalmente nas folhas. Os ferimentos causados nos frutos, por insetos ou por via mecânica, favorecem a penetração do fungo (OLIVEIRA, 1994).
Sintomatologia: O estabelecimento do fungo nos frutos verdes se dá através da penetração pela cutícula. A infecção permanece latente, mostrando atividade apenas sobre os pecíolos e folhas que apresentam ferimentos e frutos no período de maturação. Os frutos jovens quando atacados cessam o seu desenvolvimento, mumificam e caem (DICKMAN & ALVAREZ, 1983; OLIVEIRA, 1994).
Com o aumento da precipitação e da umidade relativa, aparecem na casca dos frutos pequenos pontos pretos que aumentam de tamanho formando manchas deprimidas, que podem medir até 5cm de diâmetro. Em torno das manchas, forma-se um halo de tecido aquoso, com coloração diferente da parte central. Quando em grande quantidade, as manchas coalescem, espalham-se pela superfície do fruto, penetram e aprofundam-se na polpa, ocasionando podridão-mole. A frutificação do fungo concentra-se na parte central da lesão, que toma um aspecto gelatinoso de coloração rósea, que desprende-se facilmente (DICKMAN, 1994; OLIVEIRA, 1994) (Figura 9 ).
No Espírito Santo, como em outros estados nos meses quentes e úmidos do ano