Ensaio: aborto - sim ou não?
O aborto constitui um problema que afecta milhões de pessoas em todo o mundo, não podendo ficar ninguém indiferente. Este tema tem preocupado a sociedade portuguesa nas últimas décadas, por ser uma questão controversa que admite múltiplas interpretações e que relaciona directamente a politica, o direito, a religião, a ética e os direitos humanos.
Deverá o aborto ser considerado um crime? Existe ou não a despenalização de uma vida? O aborto é crime ou opção da mulher? Estas são algumas das questões mais discutidas acerca deste dilema. Tal como referi anteriormente, um aborto pode-se tratar de um dilema ético, uma vez que intervêm vários pontos de vista, várias perspectivas e, que tem como consequência, haver significados diferentes para diferentes pessoas. Desta forma, são colocadas as questões-base que considerei mais abrangentes e mais comuns, às quais se seguem as interpretações e os argumentos, do “Sim” e do “Não”.
Defendo a legalização do aborto. No nosso dia-a-dia existem inúmeros casos que devem recorrer ao aborto. Por exemplo, as vítimas de abuso sexual. Se o acto criminoso gerar uma criança, a mulher deve ter o direito de interromper a gestação. Uma vez que esta iria originar uma criança, que seria fruto de um acto violento, o que poderá provocar uma verdadeira repulsa por parte da possível mãe, dentro tantos outros problemas que a psicologia e a psiquiatria explicam. E não só… Uma mulher que tenha tido relações sexuais, e apercebe-se que engravidou e não tem condições para ser mãe. Aí essa “mãe” deverá procurar apoio social e psicológico, de forma que conjuntamente ponderem a situação de abortar, que seria a opção mais direccionada à situação em causa. Pois se não tem condições socioeconómicas nem perspectivas de as arranjar, para alimentar, educar, dar carinho e conforto ao filho em causa, poderá efectuar o aborto em condições de segurança. Outro exemplo é o de um feto com desenvolvimento deficiente ou má formação, o que para