engenharia
3 Sistema de esgoto sanitário
3.1 Tratamento Anaeróbio
Desde muito tempo utiliza-se do tratamento anaeróbio em fossas, lagoas e digestores lodo. No entanto nessas unidades o sistema é desprovido de mecanismo de retenção de biomassa, o que implica em grandes volumes para obter-se uma eficiência razoável. Uma solução começou a despontar nos anos 70, através de um sistema onde um decantador era acoplado ao reator. O resultado obtido foram eficiências superiores a 80%. Porém a flutuação do lodo no decantador, devido as bolhas de gases, levou a instalação de desgaseificadores entre o reator e o decantador. Todo esse processo acabou levando o tratamento anaeróbio para reatores de leito fixos, como por exemplo, o filtro anaeróbio de fluxo ascendente. Durante esse processo de aprimoramento do sistema observou-se que havia a formação de grânulos de lodo que ao entrar em contato com a matéria orgânica rapidamente a degradava.
O reator anaeróbio de fluxo ascendente e manto de lodo, foi concebido exatamente baseado nesses avanços tecnológicos, além de incluir uma etapa de separação, coleta e queima do gás produzido no sistema. Esse reator hoje é amplamente empregado no Brasil e atinge uma eficiência de 65% na remoção de DBO, com detenção de apenas 8 horas. O sistema normalmente funciona com um pré-tratamento, o reator e um pós tratamento.
O sistema consiste em
um
leito de lodo, sludge bed, uma
zona de
sedimentação, sludge blanket, e o separador de fase, gas-solid separator – GSS. A função do separador de fases é dividir a zona de sedimentação da zona de digestão, onde se encontrar a manta de lodo. No reator o efluente segue uma trajetória ascendente.
No separador de fases, a área disponível para o escoamento ascendente do líquido deve ser de tal forma que o líquido, ao se aproximar da superfície líquida livre, tenha sua velocidade progressivamente reduzida, de modo a ser superada pela velocidade de sedimentação das partículas, oriundas