engenharia
Profª Alcilene Lopes de Amorim Andrade
1º Semestre
2013
UNIVERSIDADE E PESQUISA
A atividade universitária não pode viver estancada, à espera de leis e decretos que programem sua evolução. A universidade é auto-ajustável e auto-reformável. As leis, ao invés de imporem as reformas acadêmicas, terão o mérito de consagrar o que o uso introduziu e dar o amparo institucional às transformações que brotam da própria dinâmica e da experiência universitária. A Lei 5.540/68, da reforma universitária, consagrou o princípio de que "o ensino superior tem por objetivo a pesquisa..." (art. 1°), e de que "o ensino superior é indissociável da pesquisa" (art. 2). Partiu, para isso, do pressuposto de que a universidade já existia e tinha na pesquisa o centro de toda a sua atividade ou a fonte da qual emanava o desenvolvimento científico, literário e artístico.
No entanto, até bem pouco tempo, a pesquisa constituía atividade isolada, resultado do trabalho individual de alguns mestres que, mesmo sem os estímulos do amparo institucional, se consumiam nas bibliotecas ou nos laboratórios, desvendando os mistérios da ciência e produzindo o conhecimento para transmiti-lo a alguns discípulos que, por sorte e por destacado desprendimento, a eles se agregavam.
A universidade cresceu, os laboratórios abriram-se a um sem número de estudantes e as bibliotecas tornaram-se pequenas e insuficientes para abrigar a população acadêmica. Os métodos adotados pelos antigos mestres foram enriquecidos com as novas descobertas e a oportunidade de comunicação das pesquisas tornou-se mais efetiva com os encontros, congressos, simpósios e com a abertura de espaço nas revistas científicas nacionais e estrangeiras. Esse incremento à pesquisa, com a conseqüente oportunidade de divulgação, ensejou introduzir no ensino universitário disciplinas como Técnicas de comunicação científica ou Metodologia