Engenharia
1. O Cimento
O cimento é uma commodity de baixa substitutibilidade. Presente em todo tipo de construção, da mais simples moradia até a mais complexa obra de infra-estrutura, do início ao acabamento final.
É o componente básico do concreto, que é o material mais consumido no planeta depois da água. Além disso, é um produto homogêneo, com variedade limitada de tipos e com especificações e processos de fabricação semelhantes em todo o mundo.
A palavra CIMENTO é originada do latim CAEMENTU, que designava na velha Roma, espécie de pedra natural de rochedos e não esquadrejada.
2.2. A história do cimento
A origem do cimento remonta cerca de 4500 anos. Os imponentes monumentos construídos pelos antigos egípcios já utilizavam uma liga constituída por uma mistura de gesso calcinado. As grandes obras gregas e romanas, como o Panteão e o Coliseu, foram construídas com o uso de terra de origem vulcânica da ilha grega de Santorino ou da cidade italiana de Pozzuoli, que possuem propriedades de endurecimento sob a ação da água.
Os gregos e romanos usavam calcário calcinado e aprenderam, posteriormente, a misturar cal e água, areia e pedra fragmentada, tijolos ou telhas em cacos. Foi o primeiro concreto da história.
A sílica ativa e a alumina das cinzas vulcânicas reagiam com a cal produzindo o que hoje se conhece como cimento pozolânico, devido ao nome da cidade de Pozzuoli, próxima ao Vesúvio, onde as cinzas vulcânicas foram encontradas pela primeira vez.
A fabricação de cimento era conhecida desde os romanos 2000 anos atrás, mas esta arte foi perdida durante o período negro da idade média, até ser redescoberto industrialmente na virada deste século. O cimento era produzido inicialmente em fornos verticais, e sua exploração industrial começou com a invenção do forno rotativo e do moinho de tubo.
O grande passo seguinte no desenvolvimento do cimento foi dado, em 1756, pelo inglês John Smeaton, que consegue um produto de