Engenharia
Será que Einstein errou?
José Renato Salatiel*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Pode-se dizer, sem exagero, que as mudanças ocorridas no mundo neste último século, promovidas pela tecnologia, tiveram origem na mente de Albert Einstein (1879-1955). Da bomba atômica à TV, as teorias do físico alemão não somente transformaram o cotidiano como alteraram radicalmente a compreensão humana do universo.
Direto ao ponto: Ficha-resumo
Por este motivo, causou espanto o anúncio de um experimento que provaria que Einstein estava errado. Se esses cientistas estiverem corretos – por enquanto, o clima é de ceticismo entre os físicos – um dos pilares da ciência contemporânea pode ter sofrido seus primeiros abalos.
No começo do século 20, Einstein revolucionou a Física com as teorias da relatividade especial (ou restrita) e geral. Ao lado da mecânica quântica, que estuda o universo das partículas subatômicas, a relatividade redefiniu os rumos da ciência.
A teoria da relatividade geral substituiu a lei da gravidade de Newton. Enquanto em Newton a gravidade é uma força invisível que atua a distância, atraindo os corpos celestes, em Einstein, a matéria curva o espaço-tempo, de forma que os planetas “rolem” em suas bordas. É como se o espaço fosse uma superfície emborrachada, deformada pelo peso das estrelas, atraindo outros astros para os cantos da depressão.
Já a teoria da relatividade especial, expressa pela fórmula E=mc2, relaciona matéria e energia de uma maneira inteiramente nova. De acordo com a equação, a energia usada para acelerar alguma coisa (uma partícula ou um carro, por exemplo) altera a massa deste objeto. Quanto maior for massa, portanto, mais energia será dispensada para a aceleração.
Por isso, a teoria implica que nada na natureza poderia mover-se mais rápido do que a velocidade da luz no vácuo (aproximadamente, 299.792 km por segundo). O motivo é que, para isso, seria necessária uma quantidade incalculável