Engenharia quimica
A preocupação das matrizes energéticas com o esgotamento dos derivados fósseis, dentre eles o petrodiesel, vem atraindo cada vez mais a atenção de pesquisadores e cientistas na busca de um combustível renovável, mais barato e menos poluente para o meio ambiente. O petrodiesel é um óleo mineral formado a partir da destilação do petróleo. Sua composição apresenta hidrocarbonetos insaturados, resíduos, cinzas, compostos de enxofre entre outras impurezas provenientes do processo natural de decomposição de matéria orgânica. O seu uso acarreta um aumento na concentração de poluentes como CO, CO2, NOx, SOx, bem como materiais particulados lançados no meio ambiente (Hartmann et al, 2004).
Como forma de substituição parcial ou total dos combustíveis não renováveis, o biodiesel e a biomassa surgiram como alternativa de minimizar os danos provocados pelos derivados petrolíferos. A biomassa, como matéria-prima para a produção de energia, é obtida através de conversões termoquímicas como liquefação, gaseificação e pirólise ou conversões químicas, como é o caso do Bioetanol, Biogás e Biodiesel. O Brasil é um dos países que possuem um elevado potencial para a produção de combustíveis oriundos de biomassas (FERRARI, R. A. et al, 2005).
O biodiesel é obtido pela reação de esterificação ou transesterificação, que consiste na reação de um óleo vegetal, gordura animal ou residual com um álcool de cadeia curta e polar, como o metanol e o etanol, com um catalisador ácido ou básico. Da reação originam-se como subprodutos o biocombustível e a glicerina, sendo esta última utilizada para produção de cosméticos e sabonetes. Os óleos vegetais e gorduras animais utilizados como matéria-prima são basicamente compostos de triglicerídeos, ésteres de glicerol e ácidos graxos. Algumas fontes de óleos vegetais potencialmente favoráveis para produção do biodiesel são a polpa do dendê, a do abacate, a amêndoa do coco de babaçu, semente de girassol, caroço de algodão, grão de