Engenharia Genética
A Engenharia Genética é um conjunto de técnicas que envolvem a manipulação de genes de um determinado organismo, geralmente de forma artificial. Esta manipulação envolve duplicação, transferência e isolamento de genes, com o objetivo de produzir organismos geneticamente melhorados para desempenharem melhor suas funções e produzir substâncias úteis ao homem.
Através da engenharia genética muitos hormônios passaram a ser produzidos por bactérias com DNA modificado, como por exemplo, a insulina, que era produzida por animais e causava alguns efeitos colaterais indesejáveis em seres humanos. O hormônio de crescimento era extraído da hipófise de cadáveres e houve casos de pessoas que se contaminaram com uma doença neurológica chamada Creutzfeldt-Jakob.
A natureza química do material genético
A natureza química do material genético começou a ser descoberta a partir de 1869, quando o jovem cientista Friedrich Miescher (1844-1895) isolou, a partir do núcleo de células, moléculas grandes que denominou nucleínas. Desde então, outros cientistas confirmaram que as nucleínas tinham natureza ácida e passaram a chamá-las ácidos nucleicos. No início do século 20 foram identificados dois tipos de ácido nucleico: o ácido desoxirribonucleico (DNA) e o ácido ribonucleico (RNA). Em 1944, o DNA foi reconhecido por Oswald Avery (1877-1955), Colin Munro MacLeod (1909-1972) e Maclyn McCarty (1911-2005) como sendo o material genético.
A estrutura da molécula de DNA foi descrita, em 1953, por James Watson (1928-) e Francis Crick (1916- 2004), o que lhes valeu o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1962. Segundo esses autores, a molécula de DNA é helicoidal, em forma de dupla hélice, apresentando duas fitas enroladas ao longo de um eixo. Cada fita é composta por uma sequência linear de nucleotídeos, cuja estrutura já era conhecida. Cada nucleotídeo do DNA corresponde a uma molécula do açúcar desoxirribose, uma molécula de fosfato e de uma base nitrogenada, que