Enfermeiro obstetra no parto humanizado e o direito ao acompanhante.
Alessandra Gonçalves Natal
RESUMO
Estudo bibliográfico que buscou identificar a produção científica sobre humanização e assistência de enfermagem ao parto normal. As fontes foram artigos científicos da base de dados da SCIELO-Brasil, período 2001 a 2010. Obtivemos como resultado da busca 09 artigos que foram agrupados nas seguintes áreas temáticas: medicalização do parto, humanização da assistência ao parto, acompanhante no parto e atuação da enfermeira obstétrica. A análise apontou que o paradigma atual é centralizado na intervenção do parto, apesar do movimento da humanização defender o parto natural e fisiológico realizado por enfermeira. Conclui-se que assistência de qualidade e humanizada ao parto e nascimento privilegia o respeito, dignidade e autonomia das mulheres, com resgate do papel ativo da mulher no processo parturitivo.
Descritores: Enfermagem; Enfermagem Obstétrica; Humanização do Parto.
1. INTRODUÇÃO A medicina obstétrica começa de maneira específica a tratar o corpo feminino a partir de meados dos séculos XVII. Seu desenvolvimento encontrou dificuldades e conflitos entre os médicos e as mulheres, seu ensino prático enfrentou, além da falta de recursos e investimentos nas escolas médicas, a competitividade da prática liberal e a resistência das mulheres em aderir à assistência hospitalar sob o olhar masculino. (MALDONADO, 2002)
Historicamente a assistência ao parto era de responsabilidade exclusivamente feminina, pois apenas as parteiras realizavam essa prática. Sabe-se que as mesmas eram conhecidas na sociedade pela suas experiências, embora não dominassem o conhecimento científico. Assim, os acontecimentos na vida da mulher se sucediam na sua residência, onde elas trocavam conhecimento e descobriam afinidades, sendo considerada