Enfermeira

1. INTRODUÇÃO A fase da adolescência é um processo que ocorre durante o desenvolvimento do indivíduo, sendo caracterizado por uma revolução biopsicossocial (LEVISKY, 1998, p.21). A partir deste discurso, podemos compreender que qualquer indivíduo não pode ser estudado de forma separada, individualista, onde é exatamente o conjunto das características concomitantes que formam o sujeito. Para Pereira et al. (2007) a educação sexual deve ser iniciada o mais precoce possível, devendo ser de forma contínua e estar vinculada à formação de todos os adolescentes, sendo iniciada com o papel dos pais e complementada pela escola e profissionais de saúde, principalmente pelos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família. Considerando os dados estatísticos que informam sobre os casos de gravidez não planejada e o aumento no índice de doenças sexualmente transmissíveis entre os adolescentes no Brasil, é possível identificar uma grande necessidade de se implantar novas ações educativas direcionadas a estes jovens. De acordo com os dados do PNDS (Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde), de 1996, foi constatado que 18% das adolescentes brasileiras estavam grávidas ou já eram mães nesta época. O primeiro ato sexual está acontecendo cada vez mais precocemente e os adolescentes, em sua maioria, não estão preparados para tal acontecimento, onde a primeira relação sexual não é um evento sistematicamente planejado com antecedência (BRANDÃO e HEILBORN, 2006). É importante que o jovem seja orientado previamente, a fim de esclarecer as dúvidas pertinentes sobre este assunto, sendo conscientizados sobre uma sexualidade saudável. O Ministério da Saúde (2006) preconiza que os serviços de saúde garantam um atendimento aos adolescentes e jovens, antes mesmo do início da sua atividade sexual e reprodutiva, para ajudá-los a lidarem com a sua sexualidade de forma positiva e responsável, incentivando comportamentos de prevenção e de auto cuidado, sendo estes os diretos sexuais e