Enfermagem

INTRODUÇÃO

O envelhecimento da população representa uma fenômeno natural, irreversível e mundial. Estudos epidemiológicos demonstram crescimento acelerado da expectativa de vida. Atualmente são 20 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, o que representa 10% da população brasileira. Em 2025 o Brasil será o sexto país no Ranking em número de idosos, alcançando cerca de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade (IBGE).
As consequências do crescente número de idosos implicam em aumento das demandas sociais e passam a representar um grande desafio político, social e econômico. O envelhecimento populacional, aliado à falta de políticas públicas voltadas a essa nova realidade mundial preocupa todos os segmentos da sociedade que vivencia este processo nos dias atuais. É relevante mencionar que viver mais, é importante desde que se consiga agregar qualidade aos anos adicionais de vida, quando o processo natural de envelhecimento pode acarretar limitações, aumento da prevalência de doenças crônicas e incapacitantes. O aumento da população idosa requer intervenções a fim de promover o envelhecimento ativo e saudável por meio de mudanças no estilo de vida com o objetivo de promoção da saúde e prevenção de agravos.
O conceito de Promoção da Saúde proposto na década de 60 incentiva a prevenção das doenças por meio de estímulos de hábitos saudáveis, atuando nos fatores de risco, onde à Promoção da saúde participa da prevenção primária. Na década de 70, com a crise no sistema de saúde, percebe-se que não basta atuar somente na cura depois da doença instalada sem antes intervir nos determinantes do adoecimento (processo saúde doença).
A incorporação da visão de promoção da saúde nos programas para idosos supõe uma abordagem crítica da prevenção e da educação em saúde e pode ser vista como um processo social em curso, complexo, que vem sendo estimulado em nível internacional por fóruns e documentos institucionais desde meados da década de 1980.