enfermagem
Como o objeto de reflexão nesta oportunidade é a organização sindical dos enfermeiros e seu movimento na CUT, sente-se a necessidade de retomar alguns aspectos do movimento dos enfermeiros no sentido de institucionalizar sua representação na figura dos Sindicatos de Enfermeiros. É o que se faz a seguir.
3.2 O movimento da Enfermagem na organização sindical
Os estudos de Santos(9) e o de Gomes(10), entre outros, permitiram compreender que a enfermagem demorou a se identificar e se organizar como categoria de trabalhadores, vivendo uma situação de consolidação da divisão social do seu trabalho e preservação das diferenças até meados da década de 80, passando, após esse período, a discutir e implementar, mormente na década de 90 até os dias atuais, um projeto de revisão desta postura, assumindo, pelo menos no discurso, a unidade da categoria, defendendo causas dos três segmentos, buscando, através do trabalho do Fórum Nacional da Entidades de Enfermagem FNEE, superar as contradições vividas no interior da categoria e preservar a integridade profissional que foi construída ao longo do tempo(9).
Embora os primórdios desta organização remontem ao final da década de 20, situaremos nossas reflexões no período em que a sociedade brasileira repudiava o regime ditatorial militar e lutava pela reconstrução da democracia, o que aconteceu no período de 1975 a 1988 quando foi promulgada a Carta Constitucional que rege o país até hoje. Deve-se, não obstante, por uma questão de respeito à história, relembrar que em 1962 foi registrada na Bahia a Associação dos Enfermeiros Profissionais Liberais do Estado da Bahia APLEB (criada em 1961), a primeira no Brasil a conseguir registro, a do Estado da Guanabara, do Rio de Janeiro e do Ceará que foram criadas em 1963, levando dois anos para conseguirem organizar-se e, de 1973 a 1975 surgem as Associações de Pernambuco, Paraná, Santa Catarina e a criação de nova Associação baiana que passou a