Enfermagem
PARECER COREN-SP GAB Nº 023 / 2011
Assunto: Sedação Paliativa em Oncologia.
1. Do fato
Solicitado parecer por enfermeira sobre a administração de sedação paliativa por profissionais de enfermagem em oncologia.
2. Da fundamentação e análise
Os cuidados paliativos constituem uma modalidade emergente da assistência no fim da vida, construídos dentro de um modelo de cuidados totais, ativos e integrais oferecidos ao paciente com doença avançada e terminal, e à sua família, legitimados pelo direito do paciente de morrer com dignidade.1
Quando o paciente se encontra em fase de terminalidade, o objetivo principal do cuidado não é mais preservar a vida, mas torná-la o mais confortável e digna possível.2
Neste sentido, tem-se a sedação paliativa ou terminal que pode ser definida como a indução da diminuição do nível de consciência em pacientes com sintomas severos, intratáveis ou refratários, por meio de medicações sedativas, com o objetivo principal de controlá-los. Estes medicamentos acarretam a redução controlada do nível de consciência e ou percepção da dor, enquanto mantêm os sinais vitais estáveis e a respiração espontânea.2
Segundo Girond e Waterkemper2, o tema sedação paliativa comumente é associado de maneira errônea à eutanásia ou ao suicídio assistido e não à intenção de alívio de sofrimento, como principal foco do cuidado. De acordo com as autoras, os elementos básicos que diferenciam a eutanásia da sedação são sua intenção e ação. A intenção seria de oportunizar qualidade de vida ao paciente com câncer em fase terminal (beneficência), não tendo a ação de promover ou acelerar sua morte (maleficência).
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CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO
No que se refere à equipe, destaca-se que o paciente em cuidados paliativos deve ser assistido por uma equipe multiprofissional, representada por enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, médicos, psicólogos, assistente social,